Tempo de sonhos.
O tempo leva consigo o passar de um dia pós o outro, e as férias vão sendo aproveitadas com o máximo do esplendor entre todos. Vão-se adicionando páginas aos capítulos que se hospedam em mais um livro de memórias vividas numas férias aprimoradas pelo brilho da alegria e afeiçoado companheirismo. O acervo de memórias vai sendo acrescentado pelos nossos rostos aos demais mágicos que por cá afloraram aprendizagens, cresceram e se tornaram indivíduos adultos, profissionais ditosos e de grandioso ufanismo para os seus pais, familiares e amigos. Um jubileu quase de prata consagra esta instituição, engalanando em seu peito a condecoração de ser a mais prestigiada em sua incumbência. Entretanto, e não desejando cair no percalço de perdemos a intenção maior deste narrar, já a manhã fulgurava, e nós viajantes, partimos tendo como com destino um reino encantado, onde as aspirações de Natal adquirem formas imaginárias. Entre colinas mágicas e personagens que pareciam saídos de um livro de histórias fantásticas, vivemos um dia onde a realidade deu lugar a um imaginário mundo, não somente aberto aos sentires sensíveis das crianças. O lés a lés que se abria à nossa chegada mostrava os seus habitantes - elfos, fadas e figuras encantadas. Conduziram-nos por trilhos onde cada curva revelava uma nova surpresa. Todo o cenário fora criteriosamente tecido para nos fazer acreditar que o impossível poderia ser real, atingível. O Sol espreguiçando-se exibia o desejo de despedida. O seu dourado entardecer misturava-se com o brilho das decorações criando um cenário digno de um postal de Natal. Uma recordação para guardarmos no bolso das memórias excecionais. Após um sono revigorante o Museu da Quinta de Santiago engalanou-se para mais umas das nossas visitas. O contar da sua história foi deleite servido à nossa entrada. Já no espaço Irene Vilar tivemos o gosto de percorrer o carácter da exposição “Tempo” de Megan Sharkley. As suas novas obras refletem sobre a natureza fugaz do tempo e como este consegue moldar os nossos pensamentos e ações. Toda a sua criação é corolário do uso da técnica tradicional de renda/rede, através da utilização da agulha, que a artista adaptou e desenvolveu. A autora pronunciou as obras a uma paleta reduzida, enfatizando a interação entre luz, sombra e superfície. Já o azul meia-noite pontua as obras - uma metáfora visual para as qualidades vastas e infinitas do tempo e do cosmos. Com larica, o descobrir de novos sabores era desejo de todos. A Casa do Bosque fora capaz de preencher a nossa voracidade. Aqui encontramos uma cascata que desde logo impressiona pela sua dimensão - quinze metros quadrados, e pelo pormenor com que descreve a Leça da Palmeira dos anos vinte e trinta do século XX, época em que era uma importante estância de veraneio, frequentada por artistas, pela burguesia portuense e pela comunidade inglesa. As cerca de trezentas peças e bonecos, algumas com movimento, presentes nesta obra, foram construídas com perícia por José Moreira ao longo de décadas. O Minigolf Experience ditou o fecho da nossa semana com o brindar de um cocktail de aventura, emoção e entusiasmo, com o seu campo interior de 18 buracos. Um espaço localizado entre características originais e incríveis obras de arte local projetadas em exclusivo pelos seus proprietários. Ainda que indoor podemos vivenciar áreas com luz natural e os buracos plenificados com luz UV Neon. Todos podemos exibir o nosso lado competidor e aguerrido. Vivemos uma semana de intensos sentires e partilhas, somente possível pela mestria da Magia do Estudo.
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