Dias de aprendizagem com arte, ciência e cidadania.
Um grupo de alunos mergulhou num atelier de cerâmica pensado para despertar a criatividade, estimular a motricidade fina e aproximá-los de saberes ancestrais que atravessam séculos de história humana. A proposta era simples e, ao mesmo tempo, profundamente significativa: criar um colar cujo pendente fosse moldado manualmente por cada participante. Mais do que um objeto, tratava-se de uma escolha pessoal para usar como adorno ou oferecer a alguém especial - um gesto que acrescenta uma dimensão afetiva ao trabalho artístico. Enquanto as mãos moldavam a argila, a mente viajava pela sua origem e composição: um material que nasce da decomposição e transformação de rochas ricas em feldspatos, talhadas pelo tempo e pela natureza, fruto de processos de erosão, transporte e sedimentação que se desenrolam ao longo de milhares de anos. Entre diálogos e experiências tácteis, os alunos descobriram que a cerâmica acompanha a humanidade desde a Pré-História, servindo para criar utensílios, recipientes e, mais tarde, peças artísticas e soluções tecnológicas. Foi também uma viagem cultural. Desde tempos remotos, comunidades de diferentes continentes desenvolveram técnicas próprias para moldar e cozer a argila, tornando-a resistente e impermeável. Essas peças, longe de serem apenas utilitárias, carregavam simbolismo, beleza e rituais, revelando a identidade e as tradições de cada povo. Para os nossos jovens, esculpir o próprio pendente foi um encontro entre ciência, arte e história - um momento em que aprender com as mãos significou, também, aprender com a mente e com o coração. O dia seguinte levou-os a uma nova caminhada de descobertas. O grupo viveu uma experiência igualmente marcante numa visita ao INEM - Delegação Regional do Porto, conhecendo de perto os bastidores de um dos serviços mais essenciais da nossa sociedade. Recebidos por profissionais altamente qualificados, compreenderam de imediato a missão do INEM: garantir assistência médica de emergência com rapidez, eficácia e humanidade a qualquer pessoa em situação crítica. Guiados pela equipa, exploraram viaturas de emergência e manusearam, com fascínio, equipamentos que salvam vidas: desfibrilhadores automáticos, kits de suporte básico e avançado de vida. No centro de coordenação, observaram como cada chamada é recebida, avaliada e encaminhada, percebendo que, em emergências, cada segundo é precioso e que uma comunicação clara pode ser a diferença entre a vida e a morte. Ao longo da visita, aprenderam quando e como ligar para o 112, a importância de manter a calma, noções básicas de primeiros socorros e o papel da prevenção na saúde pública. Mais do que uma visita técnica, foi uma verdadeira lição de cidadania e responsabilidade social. Os Mágicos regressaram inspirados, com a consciência de que cada gesto solidário tem um valor imensurável e que cuidar uns dos outros é o alicerce de qualquer comunidade saudável e justa.
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