O pão é alimento, é sinónimo de terra e
de trabalho, é símbolo religioso, é arte e até ditado popular: “o pão que o
diabo amassou”; “como pão para a boca”; “casa onde não há pão todos ralham e
ninguém tem razão”.
No Parque Molinológico de Ul, em
Oliveira de Azeméis, o pão ainda é um sabor costumado pela tradição - um gosto inigualável.
Aqui, a força das águas faz trabalhar as
mós de pedra dos vários moinhos que se estendem ao longo do rio Ul - produzindo
o pão de forma ancestral, a lembrar os cheiros de casa da avó.
As famosas regueifas e padas, e ainda o
pão com chouriço, de Ul saem do forno de lenha pelas mãos do enfarinhado
padeiro e enchem o ar envolvente de histórias contadas e ainda por contar.
Os moinhos, agora recuperados, ainda
moem os cereais para que o passado não seja esquecido. O moleiro guiou-nos pelo
processo de fabrico à maneira dos seus antepassados que ainda coabitam nas
paredes destes moinhos, mostrando-nos a verdadeira força das águas que descem
do rio e ajudam as mós a funcionar. Logo após, é precioso separar as impurezas
na peneira de forma a obter a farinha necessária para o fabrico. O final do
processo não poderia ser mais simples: juntar água e sal marinho para a amassar
e deixar a fermentar naturalmente antes de levar ao forno.
Os Mágicos do 2.º e 3.º ciclo foram atraídos pelo evocar da natureza nas
suas mais diversas feições.
Hoje, na rota dos moleiros, foi o som da água que nos conduziu ao
longo do rio Ul, num percurso de cerca de 4km. A maravilha da paisagem a
fazer-se sentir…
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