O nosso recanto

quinta-feira, 24 de julho de 2025

FÉRIAS DE VERÃO 2025 - ZOO SANTO INÁCIO

Uma viagem ao coração da Vida Selvagem.

Na margem sul do Douro, envolto numa paisagem verdejante que parece suspensa entre o natural e o mágico, ergue-se o Zoo Santo Inácio - um santuário de biodiversidade, onde os ritmos da vida selvagem ecoam em perfeita harmonia com o entusiasmo dos visitantes mais jovens. Foi precisamente ali que, num dia de céu aberto e espírito desperto, um grupo de Mágicos iniciou uma jornada singular: uma imersão educativa e sensorial no universo animal. Logo à entrada, o encantamento era palpável. Os olhos curiosos investigavam movimento entre folhas, penas e patas. O espaço, mais do que um simples jardim zoológico, apresentava-se como um verdadeiro palco de descobertas, onde cada recanto guardava uma surpresa e cada espécie representava um elo na complexa cadeia da vida. A visita não foi apenas lúdica - foi, sobretudo, pedagógica. As crianças foram guiadas pela nossa bióloga, Cláudia, que, com uma linguagem acessível, mas cientificamente rigorosa, as conduziu através das grandes questões da conservação, da ecologia e da responsabilidade ambiental. Aprenderam, por exemplo, que os tigres-de-sumatra, que observaram em silêncio reverente, estão criticamente ameaçados, e que esta entidade participa ativamente em programas europeus de reprodução para espécies em risco. Passaram por túneis envidraçados onde os leões africanos se aproximavam com majestade, observaram lémures saltitando com uma alegria quase coreografada, e ficaram hipnotizados pela elegância dos pinguins-de-humboldt, nadando em círculos perfeitos como bailarinos subaquáticos. Cada animal era pretexto para uma pergunta, um espanto, um novo conhecimento. Como se limpam os elefantes? Por que razão os suricatas estão sempre alerta? O que comem os répteis do deserto? E como é possível proteger espécies que vivem a milhares de quilómetros de Portugal? O Zoo transformou-se, assim, num laboratório vivo de ciência, empatia e cidadania ecológica. Mas houve também espaço para a contemplação. Sentados à sombra de árvores centenárias, escutaram o chilrear das aves exóticas e o rugido distante de um felino. Ali, entre sombra e luz, entre o instinto e o cuidado humano, perceberam que a natureza não é apenas espetáculo, é herança, responsabilidade e pertença. Ao final do dia, regressaram ao autocarro com os olhos ainda cheios de imagens inesquecíveis: o olhar profundo de um lobo ibérico, o balançar tranquilo de um camelo, o voo livre de uma ave de rapina durante a demonstração educativa. Levavam na mochila mais do que memórias - levavam consciência. A consciência de que o planeta é um organismo interligado, onde cada espécie conta, onde cada gesto de proteção importa. A visita ao Zoo Santo Inácio foi, para os Mágicos, muito mais do que uma digressão. Foi um encontro com o futuro - um futuro que depende do respeito pela vida em todas as suas formas. E talvez, entre os sorrisos e o deslumbramento, tenha nascido um novo naturalista, uma pequena conservacionista, ou simplesmente um adulto mais atento à beleza e à fragilidade do mundo natural. Porque educar é isso: abrir janelas, estimular o espanto, e plantar a semente do cuidado. E o Zoo Santo Inácio, nesse dia, foi terra fértil para que essa semente germinasse em pleno.




























































































































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