O nosso recanto

terça-feira, 15 de abril de 2025

FÉRIAS DE PÁSCOA 2025 - CENTRO HÍPICO DA QUINTA DO MOSTEIRO + ENCONTRA O COELHO

 Como não adorar galopar, se é adorável!

O alvor de hoje, figurativo quadro pintado pelas mãos de um artista celestial, foi ponto de partida rumo à equestre do mosteiro, onde equídeos galopeiam ao deleite do vento que acaricia seus corpos e, o tempo ilude desaparecer das bridas do presente para alcançar as quimeras geradas pela paisagem. O Centro Hípico assoma-se como um santuário, onde cada relincho ecoa como poema de liberdade. Ao atravessar os portões, o cheiro da palha, da terra e da brisa misturavam-se num odorífero sentir perenemente secular, repleto de misticidade. Cavalos de porte régio desfilavam sob o olhar atento de tratadores, com a sua subtil capacidade de metamorfosear paciência em confiança. Os Mágicos, pequenos cavaleiros de olhos brilhantes, puderam sentir na pele a emoção do galope. Montaram os cavalos mais mansos, sendo conduzidos por trilhos seguros e, de seus sorrisos brotava um tom diferente de aprazer. Tudo era deslumbre na emoção do conchego entre o físico esguio da criança e a grandeza do porte do animal que se deixava montar. Já os póneis foram mansamente acarinhados pela suavidade das mãos de gestos castos. E, entre galopes e gargalhadas, restou tempo para jogos, pequenas epopeias ao ar livre, onde a alegria corria solta como potros selvagens. Era tempo do dilatar do dia apresentar-nos à tarde, e nesse mesmo instante o sol fez-se espreitar e estirou a sua manta dourada sobre os telhados da Maia, e todo o espírito da Páscoa baixou sobre todos nós. O cenário envolvente transformou-se num palco etéreo onde se representava um teatro Pascal sobre a doce preparação da Páscoa, cantarolada pelas vozes e movimentos de animais encantados: coelhinhos atarefados, patinhos e pintainhos curiosos, galinhas sábias e até os graciosos póneis da manhã. Cada personagem ganhava vida numa fábula alegre e afetuosa, cheia de cor e fantasia. Vozes infantis solfejavam doces melodias, árias de alento a uma vida futura sustida pela paz, já que esta fora embargada por guerras ocasionadas por homens sem coração. E, não era apenas música, era corpo e alma em alegrete manifesto à bem-aventurança. A canção melodiada regamboleava-se por uma coreografia delicada e ensaiada com empenho. No final da apresentação, com os seus olhos igualitariamente lustrados pelo entusiasmo, cada criança elevou a voz numa saudação universal, cantando em uníssono um alegre e cristalino “Happy Easter”. E, quando o entusiasmo atingira o seu clímax, foi tempo da caçada mágica: “Encontra o Coelho”. Deambulando ferverosamente por entre todos os recantos prováveis: arbustos, sombras e demais esconsos, o entusiasmo escutava-se pelo bradar dos risos. Com a descoberta do coelho esquivo, que se vestia de peluche, todo o olhar aventureiro reluziu. No Final, com os seus bolsos transbordando de rebuçados e o coração cheio de contentamento, sabiam que traziam consigo o maior dos tesouros, a celebração à vida, não estivéssemos nós a celebrar a Páscoa.



































































































































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