Aventuras imersas, mas com final feliz!
Era segunda-feira, e o torpor do dia turgia entre uma chuva persistente, daquelas que se acomodam com um semblante acarretado pelo embirrar, e a nossa voz que ovacionava por aventura. Ainda assim, a vontade dos Mágicos em versejar o dia pelos mais belos carmes impunha-se, apesar do cenário pouco convidativo. Decididos partiram ao encontro do seu desiderato. A manhã destinava-se a atividades radicais, entrega à excelsa diversão, à escala sempre superior da camaradagem e convivência. Munidos de equipamento específico e divididos em duas equipas, vermelha e azul, estudaram o mapa do campo de batalha, delinearam estratégias com minúcia e partiram determinados em combater a equipa adversária. Duas rondas intensamente combativas bastaram para mostrarem toda a agilidade, espírito de união e estratagemas previamente estruturados. Entre movimentos rápidos, risos nervosos e disparos certeiros, as equipas envolveram-se num jogo empolgante, onde cada oposição impunha a máxima concentração e cada decisão era predicado para decretar fracasso ou vitória. O estado climatérico nunca deixou de guerrear entre as duas equipas, como terceiro combatente, mostrando-se implacável, tenebroso e impondo o desguarnecer das duas equipas sem que estas tivessem hipótese de repostar contra o dilacerante guerreador. Mesmo com a manhã abreviada o regresso fez-se com o brilho de quem viveu intensamente, pois as mais belas memórias não se cativam pelas águas da chuva ou por elas se deixam dissolver. O tardar das horas trouxe um novo bafejo, com uma versão original da tradicional caça aos ovos. E, heis que alguns dos intervenientes vestiram-se com camisolas alindadas de pequenos ovos. Já os restantes, sempre imbuídos pelo espírito competitivo e boa disposição, tinham como missão recuperar um a um os ovos, colocando-os cuidadosamente num cesto. O jogo apenas concluía-se quando todos os ovos tivessem sido resgatados. Entre imensas gargalhadas e corridas, a atividade revelara-se tão animada quanto criativa. Apesar da fugacidade da experiência matinal, o dia cumpriu plenamente o seu propósito: unir, desafiar, criar laços e colecionar histórias, mesmo quando determinadas condições e fenómenos climatéricos não favoráveis. Porque, por vezes, a imprevisibilidade de um dia torna-nos cativos em cárceres de recordações, e estas apoderam-se da nossa urbanidade para sempre.
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