A história, a tradição e os costumes.
A
Oficina do Brinquedo Tradicional abriu as suas portas deixando ecoar a sua
história. Uma congregação à vontade dos artesãos, dos valonguenses. Uma
tradução dum sonho muito antigo da população local, com a carecimento de
preservar e divulgar uma faceta muito importante da identidade cultural
concelhia, a produção do Brinquedo. Este espaço está inserido na freguesia de
Alfena, que conjuntamente com Ermesinde foram os locais onde se criaram as
primeiras fábricas de brinquedo, mantendo-se algumas delas, ainda hoje, em
funcionamento, permitindo assim uma ligação umbilical entre o local, as práticas
e os seus agentes. Este espaço, igualmente ímpar a par de todos os que temos explorado,
e que guardaremos na nossa gaveta de memórias, pretende dar a conhecer um
aspeto singular da cultura tradicional concelhia, “o Brinquedo” nas suas
diferentes facetas e criados através dos mais diversificados materiais: pasta
de papel, gesso cartonado, celuloide, chapa, madeira e plástico. Não deixando na
algibeira o seu associar ao conhecimento de outras produções já existentes como
a panificação e o fabrico de biscoitos, assim como da extração e transformação
da lousa. Esta montra é um verdadeiro espaço vivo levando-nos a jornadear por épocas
passadas, sinónimas das gerações que nos orientaram até ao presente. As portas deste
espaço encerram em si uma arquitetura de formas geométricas que de algum modo se
identificam com o conceito de “brinquedo”, e foi com base nelas que surgiu criação
de um conjunto de volumes unificados. Na linha do vivente tradicional de hoje, fomos
desafiados a enfatizar um gesto simbólico que expressa carinho e cumplicidade,
não fosse este um momento especial de celebração e união entre amigos e familiares,
ainda que haja um laço em particular que se ressalva em maior grado, dos
padrinhos e seus afilhados. As flores foram a escolha para ofertarmos. Ficaremos
ansiosos pelo domingo de Páscoa, pois é a vez dos padrinhos oferecerem-nos um
belo presente, simbolizando todo o amor e afeição que nutrem por nós. Afinal, eles
têm um papel fundamental nas nossas vidas. Temos neles o sentir de apoio e
orientação, ajuda nos nossos percursos e celebrantes das suas conquistas. Ainda
que, e apesar de também serem reconhecidos por “estragadores de regras” e “mimadores
profissionais, mas nós adoramo-los.
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